Guilhotina cega improvisada para ratazanas. Anestésico vencido, dose inexata. Com a primeira, foram necessárias três tentativas para que a decapitação fosse finalizada. Protusão da língua, cianose, sufocamento pela lâmina romba. Na segunda, com o ensaio anterior, o procedimento foi mais preciso. A terceira ratazana resistiu, defecou, escapou das mãos. Os odores de sangue dos seus congêneres prenunciavam sua dor muda. Sofreu a decapitação mais eficiente e o corpo sem cabeça agitado, correu em fuga. Ri alto por isso. Os três crânios foram abertos com uma tesoura, a substância branca foi descartada, inadequada para a experiência. Seus frágeis hipotálamos foram isolados e macerados. Está pronta a amostra para o experimento.
Ratos, instrumento de pesquisa para a elucidação do comportamento humano.
Ratos, instrumento de pesquisa para a elucidação do comportamento humano.
Realidade. Nada melhor.
ResponderExcluirai meus deuses! D;
ResponderExcluirO texto é bem surreal e mostra sentimentos como curiosidade científica, medo da morte, desespero em busca da fuga, pressentimento de morte e agonia. Faz lembrar que em certos momentos a tensão e ansiedade nos fazem sentir o mesmo que os ratos, sendo que talvez sejamos peças de teste de alguma pessoa que pensa que somos cobaias para seus experimentos.
ResponderExcluirUma descrição real!
ResponderExcluirUma exumação do valor de uma das mais espirituosas qualidades humanas: A Crueldade.
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