sábado, 20 de fevereiro de 2010

Stillborn / Natimorto (Sylvia Plath)

Stillborn

These poems do not live: it's a sad diagnosis.
They grew their toes and fingers well enough,
Their little foreheads bulged with concentration.
If they missed out on walking about like people
It wasn't for any lack of mother-love.

O I cannot explain what happened to them!
They are proper in shape and number and every part.
They sit so nicely in the pickling fluid!
They smile and smile and smile at me.
And still the lungs won't fill and the heart won't start.

They are not pigs, they are not even fish,
Though they have a piggy and a fishy air --
It would be better if they were alive, and that's what they were.
But they are dead, and their mother near dead with distraction,
And they stupidly stare and do not speak of her.

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Um comentário:

  1. Ao ler esse poema lembrei de um poema do meu poeta preferido, Augusto dos Anjos. Segue abaixo:


    Soneto (ao meu primeiro filho nascido morto com 7 meses incompletos em 2 fevereiro 1911)

    Agregado infeliz de sangue e cal,
    Fruto rubro de carne agonizante,
    Filho da grande força fecundante
    De minha brônzea trama neuronial,

    Que poder embriológico fatal
    Destruiu, com a sinergia de um gigante,
    Em tua morfogênese de infante
    A minha morfogênese ancestral?!

    Porção de minha plásmica substância,
    Em que lugar irás passar a infância,
    Tragicamente anônimo, a feder?!

    Ah! Possas tu dormir, feto esquecido,
    Panteisticamente dissolvido
    Na noumenalidade do NÃO SER!

    - Augusto dos Anjos.
    07/02/1911.

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