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segunda-feira, 16 de agosto de 2010

John Wayne Gacy sobre G. G. Allin


"G. G. Allin is an entertainer with a message to a sick society. He makes us look at it for what we really are. The human is just another animal who is able to speak out freely, to express himself clearly. Make no mistake about it, behind what he does is a brain."
John Wayne Gacy no corredor da morte, Menard Correctional Center, Illinois, E.U.A.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Clean, Shaven (Lodge Kerrigan) e a verdade violentada

Hello, hello, Daddy, are you there? Hello, hello, Daddy, are you there? Hello. Daddy, are you there? Hello.”

Não achei esse filme tão brilhante quanto conferi em análises de cinéfilos espalhadas pela Internet, principalmente devido a uma questão de saúde pública. Publico minha análise sobre o filme na tentativa de desmitificar a esquizofrenia como um transtorno necessariamente ou frequentemente violento.

Clean, Shaven, revela uma luta invencível pelo controle do equilíbrio psíquico, vivenciada por um esquizofrênico e assassino. Este, bombardeado por delírios persecutórios e alucinações ininterruptas, retratada por estáticas radiofônicas e vozes invisíveis crucificadoras, chega ao ápice do desespero ao recorrer à automutilação e ao assassinato. Isso é fórmula chiclete para consumo em progressão geométrica, incoerente cientificamente. Óbvio que não só esse filme, mas toda a indústria do entretenimento é adepta desse tipo de distorção. Aliás, conferi que o próprio diretor supracitado abordou enredo similar a esse em Keane. Agora vamos à ciência.

As manifestações de violência dos psicóticos costumam ocorrer na mesma proporção da violência praticada pela população em geral.
Hafner e Bocker realizaram na década de 80 um estudo epidemiológico acerca dos crimes de violência e distúrbios mentais. Levantaram os prontuários policiais e médicos de 10 anos na Alemanha, onde os índices de solução para crimes ultrapassa 95%. Um primeiro resultado foi a proporção de criminosos com distúrbios mentais entre a população estudada: dos criminosos, apenas 2,97% tinha problemas mentais. De posse dos dados, foi calculada a probabilidade de um doente mental tornar-se um criminoso violento. Para a esquizofrenia, a probabilidade é de 0,05%, ou seja, 5 agressores violentos entre 10.000 esquizofrênicos. Para a psicose afetiva, a probabilidade é de 0,006%, ou de 6 violentos em 100.000 doentes. Os autores concluíram que os crimes violentos cometidos por doentes mentais são quantitativamente proporcionais ao número de crimes de violência cometido pela população geral. Este trabalho foi replicado em outras populações e em outros períodos e encontraram o mesmo perfil de resultados.

Boa parte dos trabalhos científicos não encontrou diferença estatística na prevalência da violência em doentes mentais sem abuso de substâncias, quando comparados com a população geral, sendo que o risco de violência em indivíduos da população geral com abuso de álcool ou drogas foi duas vezes maior do que em pacientes esquizofrênicos sem esse abuso.
O senso comum que classifica o esquizofrênico como violento é fruto de preconceito e permissividade às ideias propagadas pelas suas comadres leigas e pela indústria do entretenimento.
Quem mais violenta é a sociedade ao “louco” e não o contrário. Os normais prendem, humilham, internam sem consentimento, sedam, demenciam e estigmatizam o “louco”.
Mais:
PsiqWeb: Curso e Evolução da Esquizofrenia
PsiqWeb: Esquizofrenias

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Freud, o arqueólogo da mente (1856 - 1939)

No final da vida, Sigmund Freud tendeu a encarar a Psicanálise como uma terra prometida e a si mesmo, como uma espécie de Moisés. Mas ele não acreditava que a análise acabaria com o sofrimento humano ou tornaria as pessoas felizes.
"O máximo que as pessoas poderiam esperar seria a troca do sofrimento neurótico pela infelicidade costumeira." Sigmund Freud

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Sombre - Philippe Grandrieux (1998)



Um filme para ser assistido obrigatoriamente à noite.

Downloading Nancy (2008)

Transtorno Borderline e automutilação.

domingo, 4 de abril de 2010

Critérios para Episódio Depressivo Maior - DSM.IV

A. Cinco (ou mais) dos seguintes sintomas estiveram presentes durante o mesmo período de 2 semanas e representam uma alteração a partir do funcionamento anterior; pelo menos um dos sintomas é (1) humor deprimido ou (2) perda do interesse ou prazer.
(1) humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias, indicado por relato subjetivo (por ex., sente-se triste ou vazio) ou observação feita por outros (por ex., chora muito).
Nota: Em crianças e adolescentes, pode ser humor irritável
(2) interesse ou prazer acentuadamente diminuídos por todas ou quase todas as atividades.
(3) perda ou ganho significativo de peso sem estar em dieta (por ex., mais de 5% do peso corporal em 1 mês), ou diminuição ou aumento do apetite quase todos os dias.
Nota: Em crianças, considerar falha em apresentar os ganhos de peso esperados
(4) insônia ou hipersonia quase todos os dias
(5) agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias (observáveis por outros, não meramente sensações subjetivas de inquietação ou de estar mais lento)
(6) fadiga ou perda de energia quase todos os dias
(7) sentimento de inutilidade ou culpa excessiva ou inadequada (que pode ser delirante), quase todos os dias (não meramente auto-recriminação ou culpa por estar doente)
(8) capacidade diminuída de pensar ou concentrar-se, ou indecisão, quase todos os dias (por relato subjetivo ou observação feita por outros)
(9) pensamentos de morte recorrentes (não apenas medo de morrer), ideação suicida recorrente sem um plano específico, tentativa de suicídio ou plano específico para cometer suicídio

Leia mais sobre os sintomas da depressão aqui:
Site Psiqweb - Os sintomas da depressão dependem do tipo da depressão e da personalidade da pessoa.

Um recado aos leigos:


Os critérios elencados acima não são da minha autoria e sim da Associação Psiquiátrica Americana. DSM IV é uma categorização de diagnóstico na área de saúde mental adotada no Brasil e em outros países.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Como os estudantes de Medicina escolhem suas especialidades?

Fonte: British Medical Journal

Sendo assim, eu iria para a Psiquiatria.