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domingo, 29 de novembro de 2009

O caixão dos chacais (Isaías do Maranhão)

Não tenho tambores
na marcha
GRITO.

Meus dentes já não guardam
mais a língua amarrada
CANTO.

O SOL já beijou
a LUZ e se deitou.
LEVANTO.

Vejo na cidade tochas
de fogos penduradas
em ferro e concreto,
GRITO.

E antes do SOL se acordar
à sombra do dia, é vendida
e comprada a noite,
CANTO.

E em procura dos CHACAIS,
me torno PUNHAIS
E
- MARCHO

sábado, 19 de setembro de 2009

Segredo Quebrado (Isaías do Maranhão)

A poesia afogada
no espaço corta a fala
da faca.

A mão ferida da luta
semeia sonhos em pesadelos.

HÁ DENTRO DE MIM
UMA SAGA DE MISTÉRIOS.

Um grito
quebra o segredo
do projeto.

Meia-noite, o medo
tritura a vida de quem
dormiu e não sonhou
com bandeiras içadas
na sarjeta,

- De náufragos deuses
Que trabalham sem auras.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Apresentando o grande escritor Isaías do Maranhão

Poeta maranhense que eu admiro muito. A temática de Isaías do Maranhão aborda a poesia da miséria da condição humana.
Não está presente no Google!! Confirme o que eu digo, há apenas registros de anúncios para venda  dos seus livros em sebos virtuais. Seus livros publicados incluem:
  • Setembro da Poesia, em que assinou utilizando seu nome de batismo, Isaías Alves Ferreira - 1980
  • 200 kg de Miséria - 1983
  • Navalha do Futuro - 1984
  • As Estrelas não Dormem - 1987
  • Odisséia da Expiação - 1995
Irei apresentar a poesia contida no seu segundo livro, 200 KG DE MISÉRIA, pois há autorização expressa do autor para isso.
A seguir suas próprias palavras sobre o livro:
"200 kg de Miséria é uma história de amor, ódio, justiça e liberdade. É uma fogueira em que cada letra é uma acha de lenha cuspindo brasas na cara do HOMEM. Mostra o sinistro cogumelo de uma bomba-humana em explosão. É uma advertência de tanto dinheiro depositado em nossa morte atômica-mundial.
É uma expedição embrulhada em minhas reminiscências, prosseguindo em cada verso obsessões apocalípticas nos TRATADOS DO SER E DO NADA DA HUMANIDADE MIRADA NA TECNOLOGIA DOS TEMPOS À DESTRUIÇÃO TOTAL. 200 kg de Miséria tem em cada página uma bala ativada na carne da sociedade, a mesma que cuspiu fome na barriga de meu POVO. É uma romaria de gritos baralhados em minha língua e afiados nos meus dentes, fecundados em 10 Estados do BRASIL-PUTECO." 

"O futuro é uma navalha aberta."