sábado, 13 de fevereiro de 2010

"Holy Sonnet X: Death, Be Not Proud" (John Donne)

 William Blake


Death, be not proud, though some have called thee
Mighty and dreadful, for thou art not so;
For those whom thou think'st thou dost overthrow
Die not, poor death, nor yet canst thou kill me.
From rest and sleep, which yet thy pictures be,
Much pleasure, then from thee much more, must low
And soonest our best men with thee do go,
Rest of their bones and soul's delivery.
Thou art slave to fate, chance, kings and desperate men
And dost with poison, war and sickness dwell,
And poppy or charms can make us sleep as well
And better than thy stroke; why swell'st thou then ?
One short sleep past, we wake eternally,
And death shall be no more; death, thou shalt die.
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Morte não te orgulhes, embora muitos te chamam
Poderosa e apavorosa: o que não eres tu;
Porque os que pensas ter derrubado,
Não morrem, oh morte, e nunca poderias tu matar a mim.
Eres na verdade o retrato de denscanso e sono
E o prazer não é tão pouco teu.
Dos nossos os mais puros contigo vão primeiro
Para descansar seus ossos e entregar suas almas.
Tu eres escrava do destino, do acaso, de reis e homens desesperados;
Mas o veneno, a guerra e a doença também nos fazem dormir
É até melhor que fazes tu; por que então te orgulhas?
Depois do cochilo, acordaremos eternamente,
E a morte nada mais será; morte, tu morrerás.

John Donne é considerado um mestre do conceito metafísico, uma metáfora abrangente que combina duas idéias imensas em apenas uma, frequentemente utilizando imagens. Diferentemente de comparações cliché entre objetos mais intimamente relacionados (tais como uma rosa e amor), os conceitos metafísicos avançam mais profundamente no que diz respeito à comparação de dois objetos completamente diferentes, embora, às vezes, pelos paradoxos radicais e antíteses de Shakespeare. Um dos mais famosos conceitos de Donne está em "A Valediction: Forbidding Mourning", no qual compara dois amantes separados pelas hastes de um compasso.

2 comentários:

  1. sempre é bom relembrar nossas origens literárias!

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  2. A Morte pode ser uma coisa terrível mas, se nos prepararmos bem durante a vida, ela pode ser algo como a nossa última amante. E faremos amor com ela na cama de Deus.

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